2 de março de 2011

NÃO EXISTE MULHER DIFÍCIL...


Calma, mulheres. A sentença assinada pelo publicitário André 
Aguiar Marques e que dá título ao livro dele, não quer ofender ninguém.
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Longe disso, o que o moço quer é mudar o paradigma que muitos homens têm com relação a nós e ensinar, com muito bom humor, como abordar todo tipo de mulher! Sim, ele qualifica cada uma delas, que vão das casadas às cachorras, passando pelas patricinhas, descoladas e inocentes. André garante que mapeou mesmo o sexo oposto e acredita nas próprias estratégias para cativá-lo. "O livro não é machista. Bom, pelo menos não muito. Na verdade, tem dois objetivos que são ensinar o homem a tentar entender as mulheres, identificando cada perfil, e para as mulheres, para não caírem em alguns golpinhos dos moçoilos, afinal, às vezes elas passam uma imagem que acaba atraindo um tipo de homem que elas não querem", afirma.
André sempre escreveu sobre o tema para revistas e sites. Em 2007, foi convidado pela revista Nova (Abril) para escrever sobre um cruzeiro de solteiros, contando tudo o que acontecia. Resultado? "Um caminhão de e-mails falando sobre o assunto e uma editora querendo editar um livro", lembra. Depois disso, ele mesmo foi atrás de informação in loco - bares e baladas, por exemplo. "Juntei minhas experiências, estórias de amigos e amigas e fui compilando. O resultado é um livro divertido e gostoso de ler, que já está na quinta edição".
Se não bastasse o sucesso do livro, editado pela Geração, agora as dicas de André vão parar no teatro. O livro está sendo adaptado por Lúcio Mauro Filho, com a direção de Otávio Muller. No papel do "pegador", Marcelo Serrado vai se arriscar num divertido monólogo que retrata de forma engraçada - e às vezes até estereotipada -, o que um homem faz depois da separação. "Após um grande pé na região glútea (por conta de não entender o perfil de sua mulher), nosso amigo está de volta ao mercado dos solteiros. Perdido e apenas com as referências do finado casamento (boas e más), ele se vê obrigado a se adaptar à nova realidade do mercado: mulheres mais independentes e homens sem entender bem o que fazer diante de tantos tipos de mulheres", detalha André.
"Nosso protagonista terá que se virar para tentar entender as mulheres e voltar em grande estilo. E no final, será que ele conseguirá se transformar em um mestre na arte de identificar cada perfil de mulher, invertendo o jogo a seu favor e quem sabe até casando de novo, mas agora com uma maior experiência?" Só assistindo para saber. A peça vai estrear em 4 de junho, em Niterói, no Rio de Janeiro, seguir pelo interior do estado, e deve começar turnê em São Paulo em 2011, para depois rodar o país.
Otávio, que está dirigindo a peça, lembra que adorou a ideia de transformar o livro num espetáculo. "Conversamos bastante e o Serrado entrou com a gente, cheio de ideias. Na sequência, o Lúcio soube do projeto e me ligou, pois queria adaptar. Foi um conjunto de fatores que nos levaram a montar o projeto e a adaptação foi super divertida, com a participação de todos". Para abraçar a ideia, é claro que ele concorda com André. "Não existe mulher difícil, o que existe é cara mané". Lúcio confessa que gostou da ideia desde a primeira leitura. "Devorei o livro e fiquei cheio de ideias, situações, montagens, diálogos. O livro tem um conteúdo incrível e a equipe está se divertindo muito durante os ensaios".
Marcelo adianta como é que seu personagem vai se comportar no palco. "Ele muda muito durante o espetáculo. Vive situações engraçadas, não saca as mulheres, dá uns foras até que começa a entender o que tem que fazer para se dar bem", revela. O ator mesmo admite que achou o livro machista na primeira leitura, mas logo entendeu que, além de não ser, é um baú cheio de segredos para homens e mulheres. "Tanto que, na adaptação, optamos por inverter a situação e explicar porque alguns (...) homens se tornam cafajestes. Às vezes, uma desilusão amorosa é o que o faz ficar assim".

Para André, pai de toda história, os homens precisam mesmo entender que as mulheres estão mais exigentes e cada dia mais independentes, o que significa que querem homens melhores. "Cabe a nós ter essa consciência e seremos mais interessantes, afinal, quem no final acaba decidindo, são as mulheres". Uma frase do livro serve bem para explicar o que André tenta retratar. "Os homens distinguem-se pelo que fazem. As mulheres pelo que levam os homens a fazer".
Por Sabrina Passos (MBPress)